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    Polícia

    Gestora de casa de repouso é denunciada por morte de idosa em Salvador

    MP da Bahia denunciou a gestora da Casa de Repouso Samayra pela morte da idosa Edna, 91, após lesões; ILPI foi interditada por falhas sanitárias.

    16/10/2025 às 22:23

    Salvador, Bahia — Na quarta-feira, dia 15, a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público da Bahia contra a gestora da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Casa de Repouso Samayra, no bairro Cassange. A ação se refere à morte da idosa Edna Catarinada Hora, de 91 anos, que foi levada a uma unidade de saúde em 4 de outubro com múltiplas lesões e faleceu em 7 de outubro no Hospital Professor Eládio Lassère.

    A denúncia

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    O Ministério Público, por meio da promotora de Justiça Adriana Imbassahy, apresentou peça acusatória imputando à gestora os crimes de abandono e de exposição de idoso a risco de morte, previstos no Estatuto da Pessoa Idosa. A denúncia foi recebida pela 7ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, em decisão da juíza Alessandra Vasconcelos Dumas de Medeiros Netto, que autorizou o prosseguimento da ação penal.

    Segundo a acusação, a gestora agiu com dolo, expondo a vítima a condições degradantes entre 2023 e outubro deste ano. A peça apontou, ainda, que a idosa foi deixada no hospital sem o acompanhamento devido pela instituição, ficando sob os cuidados de uma estudante de enfermagem sem vínculo com a casa de repouso ou com a paciente. Assistentes sociais e médicos relataram o estado grave da idosa, com múltiplas lesões e sinais de violência física.

    Falhas na instituição

    Relatórios da Vigilância Sanitária apontaram falhas graves na ILPI, que resultaram na interdição cautelar do estabelecimento em agosto deste ano. Entre os problemas identificados estavam:

    • insalubridade;
    • ausência de alvarás;
    • estrutura precária.

    Com a denúncia aceita pela Justiça, o processo passou à fase de coleta e análise de provas para apurar responsabilidades. O caso segue sob acompanhamento do Ministério Público da Bahia e da 7ª Vara Criminal da Comarca de Salvador.

    Quem será responsabilizado? Agora, aguarda-se que a investigação reúna elementos suficientes para responder a essa pergunta e trazer esclarecimentos à família e à sociedade.