Polícia prende garoto de programa por golpe do “Boa noite, Cinderela” após conhecer vítima em app

Na terça-feira (5), policiais da 13ª DP de Ipanema, no Rio de Janeiro cumpriram um mandado de prisão preventiva contra um garoto de programa, de 26 anos, pelo crime de roubo no interior de residência cometido a partir do golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela”.

Segundo a Polícia Civil, Matheus Rangel Alves conheceu a vítima, um empresário de 34 anos, em um aplicativo de relacionamento. Após cerca de um mês de conversas online, o empresário convidou Matheus para ir até o seu apartamento. No encontro, o criminoso teria dopado o empresário por 12 horas e, durante esse período, roubado diversos itens da vítima. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 70 mil.

“Marquei na minha casa, um condomínio com equipe de seguranças e câmeras espalhadas por todos os cantos, justamente para não correr riscos. Quando sentamos para beber, dei dois goles do drinque e, a partir daí, não lembro de mais nada”, contou a vítima.

O empresário disse ter acordado por volta de meia-noite. “Ele já não estava mais e também haviam sumido celular, laptop, bolsa avaliada em R$ 14 mil, cinto de R$ 5 mil, cordão de ouro de R$ 6 mil, anel de R$ 10 mil, além de outros itens, como roupas.”

“Ele se vendeu como um bom menino e, logo que chegou ao meu apartamento, disse que queria beber bastante e ficar louco. Eu ainda ponderei e acredito que ele tenha jogado alguma substância no meu copo quando me serviu com energético.”, continuou o empresário.

As câmeras de segurança do prédio gravaram toda a ação do criminoso. Matheus foi detido em um apartamento alugado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e será encaminhado para uma prisão no estado.

“Trata-se de um crime grave, em que a vítima foi incitada a ingerir bebida alcoólica com drogas que a tiraram de seu estado normal e, aproveitando-se disso, o criminoso roubou objetos de valor de sua residência. É importante ressaltar a importância do registro de ocorrência, pois sabemos que, em muitos casos semelhantes, homens e mulheres acabam, por vergonha, deixando de procurar as delegacias, dificultando a responsabilização criminal e deixando de impedir que pessoas caiam em novos golpes” informou o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP.