Em entrevista ao canal BAR FC no YouTube, o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, reconheceu que a gestão eficiente do Bahia com o Grupo City elevou a pressão por uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube. Mota afirmou que a expectativa dos torcedores de que a transformação em SAF solucionaria todos os problemas é irrealista, especialmente ao se afrontar um rival que possui R$ 300 milhões disponíveis para contratações.
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Durante a conversa, Mota ressaltou a diferença de investimentos entre os dois clubes. Ele destacou que enquanto o Bahia pode gastar R$ 14 milhões na compra de jogadores como o jovem Kauê Furquim, Vitória luta para arrecadar apenas R$ 50 a 60 milhões em quatro anos para contratações.
O presidente expressou sua frustração em não poder anunciar um investidor que assuma a SAF do Vitória neste ano, revelando suas esperanças de ser o último presidente da associação, caso a transição ocorresse. “Objetivo era entregar o clube a um grupo sério, eu me sacrifiquei para isso”, afirmou Mota.
Embora reconheça que a SAF do Bahia é a mais bem estruturada do país, Mota defende que uma análise mais contundente sobre os resultados dessa modalidade de gestão deve ser feita em um período de dez anos. Ele afirma que o ciclo de maturação das SAFs é longo e que os efeitos reais só podem ser mensurados a partir desse prazo.
O presidente finalizou sua participação reafirmando que aguarda o momento certo para avaliar o desempenho das SAFs no futebol brasileiro, alertando que resultados concretos demandam tempo e que cada experiência deve ser considerada ao longo de sua trajetória.


