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    Saúde

    Paracetamol na gestação não causa autismo, aponta estudo

    Pesquisa aponta que uso de paracetamol na gestação não tem vínculo com autismo, desmentindo declarações do ex-presidente Trump.

    11/11/2025 às 09:24

    Um estudo publicado na revista científica britânica BMJ confirmou a inexistência de vínculo entre o uso de paracetamol durante a gestação e o desenvolvimento de transtorno do espectro autista (TEA) nas crianças. Essa pesquisa surge em meio a controvérsias, especialmente após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado que há ligação entre o medicamento e o autismo, embora não tenha apresentado evidências científicas para respaldar sua afirmação.

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    Os pesquisadores concluíram que “os dados atualmente disponíveis são insuficientes para confirmar um vínculo entre a exposição ao paracetamol no útero e o autismo, assim como o transtorno por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) durante a infância”. Essa análise é considerada uma revisão abrangente que reúne diversas investigações prévias sobre o tema, oferecendo um panorama mais preciso.

    O uso do paracetamol, também conhecido como Tylenol, é comum entre gestantes, especialmente em comparação a outros analgésicos, como aspirina e ibuprofeno, que apresentam riscos mais documentados ao feto. A comunidade científica criticou fortemente as declarações de Trump, reiterando a importância de seguir orientações baseadas em evidências médicas.

    Embora o artigo publicado não seja fruto de novas investigações, ele se destaca por compilar e analisar informações de estudos anteriores, contribuindo para uma discussão mais fundamentada sobre os riscos associados ao uso do paracetamol na gestação.

    O debate sobre o uso de medicamentos durante a gravidez deve continuar, à medida que novas pesquisas e revisões sistemáticas sejam realizadas para esclarecer os possíveis efeitos sobre a saúde da criança.