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    Saúde

    Masturbação excessiva: riscos à saúde física e mental

    A masturbação excessiva pode prejudicar a saúde física e mental, tornando-se um hábito que afeta a vida cotidiana e os relacionamentos.

    22/11/2025 às 03:13

    A masturbação, embora cercada de preconceitos, é reconhecida pela ciência como uma prática natural e benéfica. Contudo, quando se transforma em um hábito compulsivo, surgem riscos à saúde física e mental. Especialistas apontam que a masturbação ocasional pode aliviar estresse, melhorar o humor e auxiliar no autoconhecimento sexual. No entanto, os problemas começam quando a frequência do ato se torna excessiva.

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    Não há diretrizes médicas definitivas sobre a quantidade de vezes que se pode masturbar por semana. A avaliação deve ser individual, considerando o impacto na vida cotidiana. Segundo especialistas, a compulsão se caracteriza quando o ato se torna obsessivo, prejudicando tarefas diárias, como o trabalho e os estudos, e levando a situações constrangedoras.

    A intensidade de estímulos proporcionados pela masturbação pode tornar mais difícil o prazer em relações sexuais, criando uma dependência do mesmo tipo de estímulo. Fisicamente, a prática excessiva pode levar a desconfortos, como fricção excessiva nos genitais e dores nas articulações das mãos.

    A dependência psicológica, associada ao consumo frequente de pornografia, pode distorcer a percepção sobre a sexualidade, dificultando relacionamentos reais e gerando expectativas irreais em práticas sexuais. Problemas como falta de lubrificação nas mulheres e disfunções eréteis nos homens podem ser consequências dessa compulsão.

    O médico urologista Paulo Egydio aconselha que buscar ajuda é fundamental quando a masturbação afeta negativamente a vida social e gera sentimentos de culpa ou arrependimento. O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicação. Mesmo assim, a masturbação moderada pode trazer benefícios, como a redução do risco de câncer de próstata, conforme apontado por uma pesquisa da Universidade de Harvard, que indica que homens que ejaculam amplamente diminuem em 33% esse risco. Para mulheres, a prática não apenas facilita a descoberta do prazer, mas também pode aliviar sintomas da tensão pré-menstrual através da liberação de hormônios benéficos durante o orgasmo.

    Assim, a masturbação, quando realizada de forma equilibrada, oferece vantagens significativas tanto para a saúde física quanto mental, ressaltando a importância de respeitar limites pessoais.