Polícia e investigação
Médico grava sexo com pacientes casados e divulga vídeos na internet: “bom demais”
Após receber grave denúncia, o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) decidiu abrir procedimento para investigar a conduta de Lino Neves da Silveira, infectologista que gravava relações sexuais com pacientes e depois divulgava em conta secreta do Twitter.
“O CRM-DF investigará a denúncia por meio de uma sindicância. O procedimento correrá em sigilo para verificar se há indícios de infração ética”, confirmou o CRM.
De acordo com o material divulgado, o especialista mantinha relacionamento sexual explícito com pacientes e até colegas de profissão nas dependências de uma clínica onde atendia. As cenas são corriqueiramente publicadas pelo profissional de saúde em uma conta que mantém no Twitter.
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Autodenominado “PeludoAN”, Lino gosta de explorar o próprio fetiche com direito a legendas provocativas. “Consultório me dá um tesão da p*”, diz o médico, logo na autodescrição na rede social.
Durante as filmagens, Neves faz uso, na maior parte das vezes, de objetos bastante conhecidos da profissão: jaleco e estetoscópio. O fetiche por homens casados também é escancarado quando o personagem das filmagens é um paciente que usa aliança dourada na mão esquerda.
“C* de casado é bom demais pra cair de cara”, escreveu o médico numa das legendas dos vídeos.
“Consultório já viu: tesão na certa, com o tanto de macho gostoso que passa comigo”, diz Lino em outra publicação. Entre os posts, há também registros de sexo grupal com outros homens. Esses, porém, feitos em ambiente doméstico.
Nas filmagens, expostas em perfil aberto, o especialista em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) engole o sêmen de um suposto enfermeiro. “Se tem mamada, tem leitada. Tá aí o final da mamada com o enfermeiro no meio do plantão. Não resistiu ao meu oral e ainda ganhei p* pra trabalhar até o final e feliz”, registrou em outra legenda.
Críticas
Ativista no combate à disseminação do HIV/Aids, Christiano Ramos, que preside a organização não governamental Amigos da Vida, criticou a postura do profissional de medicina.
“Mesmo que seja com consentimento, acho um verdadeiro absurdo essa prática. Primeiro, por estar em ambiente médico, onde a intenção é tratar as patologias. Segundo, porque outros pacientes estarão naquele ambiente logo em seguida. E, por fim, o paciente e quem consome aquele material na internet naturaliza ainda mais o sexo não seguro, o que atrapalha todo o trabalho que fazemos sobre conscientização do ato sexual com proteção”, frisou Ramos.
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