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    Saúde

    Barata-alemã e o risco de alergias e asma em residências

    Pesquisadores alertam que a barata-alemã libera toxinas que elevam o risco de doenças respiratórias em lares infestados.

    20/11/2025 às 21:43

    A barata-alemã, um inseto comum em residências, tem se mostrado uma fonte de substâncias nocivas no ar. Pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, em um estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology: Global, revelaram que este inseto libera endotoxinas, substâncias tóxicas presentes em suas fezes, elevando o risco de alergias e asma em ambientes afetados.

    O estudo indicou uma correlação direta entre a quantidade de baratas em uma residência e os níveis de alérgenos e endotoxinas no ambiente. Foi identificado que as casas infestadas contêm, em média, 85% de alérgenos, com a maioria dos casos ocorrendo em áreas urbanas centrais dos Estados Unidos. Além disso, cerca de 80% das crianças asmáticas se mostraram sensíveis a esses alérgenos.

    Os pesquisadores descobriram que as fêmeas da barata-alemã produzem significativamente mais endotoxinas do que os machos, com cerca de 2.900 unidades de endotoxina por miligrama, em comparação aos 1.400 do sexo masculino. Em uma média diária, cada fêmea libera aproximadamente 5.000 unidades, resultado do seu maior consumo alimentar, especialmente nas cozinhas, onde a comida está mais disponível.

    Para a pesquisa, foram analisadas residências de conjuntos habitacionais de baixa renda, algumas infestadas e outras não. O controle de pragas conduzido nas casas infestadas demonstrou uma redução significativa nos níveis de alérgenos e endotoxinas, destacando a importância destas intervenções para a saúde pública.

    Apesar dos avanços, os pesquisadores planejam continuar investigações para explorar com mais profundidade a relação entre as endotoxinas liberadas por baratas e o desenvolvimento de asma, utilizando modelos de camundongos.