A anorgasmia, uma disfunção sexual que afeta a capacidade de atingir o orgasmo mesmo diante de estímulos sexuais, é um tema de crescente interesse na saúde sexual. Embora a condição impacte tanto homens quanto mulheres, ela é mais prevalente entre as mulheres, geralmente devido a fatores culturais e tabus relacionados ao prazer feminino.
O que caracteriza a anorgasmia?
Segundo especialistas, a anorgasmia pode ser classificada em quatro tipos principais: primária, secundária, situacional e induzida por medicamentos. A anorgasmia primária refere-se àquelas que nunca conseguiram atingir o orgasmo, enquanto a secundária identifica pessoas que já experimentaram o clímax, mas não conseguem mais alcançá-lo devido a questões físicas ou psicológicas.
Outros fatores contribuem para o desenvolvimento da anorgasmia, incluindo traumas, condições médicas e alterações hormonais. Mulheres na menopausa, por exemplo, frequentemente experimentam uma queda nos níveis de estrogênio, que pode reduzir a libido e levar à disfunção. Além disso, condições como a histerectomia e doenças como a endometriose também estão associadas.
Causas e efeitos psicológicos
As causas psicológicas da anorgasmia afetam tanto homens quanto mulheres. Ansiedade, depressão e experiências de educação repressiva em relação ao sexo são fatores que podem agravar a situação. O urologista Juliano Plastina observa que a anorgasmia masculina deve ser diferenciada de outras disfunções, como ejaculação retardada e disfunção erétil, ressaltando que na anorgasmia o orgasmo pode não ocorrer, ou pode ocorrer sem prazer.
Esse quadro pode repercutir negativamente na autoestima das pessoas afetadas e em seus relacionamentos, gerando insegurança e estresse emocional. A falta de busca por tratamento pode resultar em um desgaste nas relações a dois e no afastamento afetivo.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da anorgasmia é complexo e deve ser personalizado, podendo incluir medicamentos e terapia sexual. Também é recomendado explorar novas abordagens para estimular a sexualidade, como o uso de brinquedos sexuais e a variação das preliminares. A autoinvestigação é fundamental para que os indivíduos descubram suas zonas erógenas e maneiras de desfrutar de sua sexualidade de forma mais plena.
A busca por um entendimento mais profundo da anorgasmia e suas implicações na saúde sexual continua a ser um campo feminino e masculino em desenvolvimento, promovendo o bem-estar e o prazer.