Cenário Político
Lula perde vantagem e PT troca marqueteiro da pré-campanha
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em estado de alerta com o presidente Jair Bolsonaro ganhando espaço, conforme as últimas pesquisas eleitorais. Dentro do PT, há um descontentamento e uma disputa entre grupos pelo comando da legenda.
O resultado é que nesta sexta-feira (22), o partido decidiu trocar o marqueteiro que comandaria a campanha do ex-presidente. Nos bastidores há informações de que haveria uma grande insatisfação com o conteúdo produzido por Augusto Fonseca e também com o valor cobrado.
De acordo com o Tempo, há uma disputa entre o comando da legenda, capitaneado pela presidente Gleisi Hoffmann, e o coordenador da área de comunicação, o ex-ministro da área no governo Lula, Franklin Martins. O principal motivo da divergência seria o valor de R$ 40 milhões cobrado pela empresa de Augusto Fonseca.
Sidônio Palmeira, que comandou a comunicação nas campanhas de Rui Costa e Jacques Wagner, é um dos mais cotados para ocupar o cargo. Ambos foram eleitos ao governo da Bahia nas últimas eleições.
No entanto, o candidato à vice-presidente da chapa de Lula, Geraldo Alckmin tenta emplacar outro nome e, assim, ganhar protagonismo na campanha. O publicitário Átila Francucci, um dos responsáveis pelo vitorioso slogan “João trabalhador”, é a aposta do ex-governador.
O fato é que o cenário para o candidato petista é cada vez mais desafiador. Bolsonaro está crescendo nas pesquisas. A última pesquisa Exame/Ideia, divulgada na noite de quinta-feira (21), mostra que se a eleição do primeiro turno fosse hoje, Lula teria 42% dos votos, contra 33% de Bolsonaro, com a diferença entre eles caindo de 11% para 9%. Ciro Gomes (PDT) apareceu em terceiro, com 10% das intenções de voto. O nome de Sérgio Moro não está considerado nesta nova análise.
Fora isso, Lula ainda tem que vencer as barreiras criadas dentro da própria esquerda. A principal delas é a de Ciro Gomes, o terceiro colocado nas intenções de voto. Antes aliado do petista, Ciro rompeu com a legenda e diz não há chances de se aliar ao petista. Na eleição de 2018, quando Fernando Haddad, então candidato do PT, foi para o segundo turno contra Bolsonaro, Ciro decidiu não escolher um lado e não apoiou nenhum do candidatos.
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