Após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, caminhoneiros fecharam trechos de rodovias em pelo menos 14 estados para contestar o resultado das eleições.
Durante a manhã desta segunda-feira (31), 81 protestos foram registrados nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Na Bahia, o bloqueio ocorreu na BR-020, na altura de Luís Eduardo Magalhães. Os manifestantes bloquearam a rodovia e colocaram fogo em pneus.
A maior parte dos bloqueios era total, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar nas vias tomadas pelos caminhoneiros. No entanto, houve locais onde veículos como ambulância ou carros de passeio eram autorizados pelos caminhoneiros a seguir viagem.
A Polícia Rodoviária Federal afirmou por meio de nota, que está tomando, desde domingo, todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo.
“Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF direcionou equipes para os locais e iniciou o processo de negociação para a liberação das rodovias priorizando o diálogo para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos”, diz a nota.
A corporação informou ainda que iniciou negociação para liberar as vias e que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) em todos os estados onde houve bloqueio para garantir a fluidez das rodovias.
O líder dos caminhoneiros Wallace Landim, popularmente conhecido como Chorão, condenou os bloqueios em estradas por parte da categoria.
“Eu jamais vou organizar um ato contra a democracia”. “Isso é coisa pequena, de parte dos caminhoneiros que apoiam Bolsonaro e são intervencionistas. Pessoal da extrema-direita que já vinha ameaçando”, disse.
