Após exoneração de Anderson Torres, Advocacia-Geral da União pede prisão do ex-secretário

Nesta segunda-feira (9), a exoneração do secretário de Segurança Pública Anderson Torres foi divulgada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A publicação torna oficial o comunicado feito pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), removido do posto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a madrugada.

Ibaneis declarou, na tarde de ontem (8/1), a exoneração do então secretário, diante da escalada dos atos de vandalismo feita por apoiadores do ex-presidente em prédios-sede dos Três Poderes, em Brasília.

Torres exerceu o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Messias Bolsonaro (PL) e havia voltado à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) uma semana atrás. Quem estará no comando, provisoriamente, é o chefe interino da pasta, Fernando de Sousa Oliveira.

No dia anterior aos crimes, Anderson Torres viajou para Orlando, nos Estados Unidos. Em um comunicado divulgado durante a madrugada, o ex-secretário assegurou que não teve cumplicidade com as ações dos delinquentes bolsonaristas.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis, exemplarmente punidos”, disse Torres.

Ele também se tornou alvo da Procuradoria-Geral da União (PGU), que requisitou sua prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).