Pai é suspeito de matar filha asfixiada após descobrir que ex-mulher estava namorando

Gilberto Alves Cardoso, de 44 anos, foi detido na cidade de Santos, litoral de São Paulo, na tarde de terça-feira, aproximadamente 18 horas após o corpo de sua filha, Luíza Marques Cardoso, de 9 anos, ter sido encontrado em sua residência em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A menina, que apresentava sinais de asfixia, estava em regime de guarda compartilhada entre o pai e a mãe, Lucinela Marques, após o término do casamento de quase dez anos há cerca de oito meses.

No dia anterior ao crime, Lucinela informou à polícia que havia discutido por mensagens com Gilberto sobre um novo relacionamento que ela havia iniciado. Segundo ela, Gilberto, apesar de não ser ofensivo ou violento nas mensagens, criticou-a ao saber do namoro. Na manhã do crime, Gilberto enviou uma mensagem enigmática referindo-se a um encontro com a filha no céu.

“Lu, prometi para a Pituca [filha do casal] que vamos nos encontrar lá no céu”.

A descoberta do corpo foi feita pelo tio da menina, Gilson, que após perceber a ausência da sobrinha, que deveria estar esperando o transporte escolar, adentrou a casa e encontrou a criança morta em sua cama. Ao lado do corpo, foram encontradas duas cartas com conteúdo que sugere ideias suicidas escritas por Gilberto. A motocicleta de Gilberto não estava na residência, o que sugere que o crime ocorreu durante a madrugada.

O veículo foi mais tarde encontrado em um estacionamento em Cotia, na Grande São Paulo. A prisão de Gilberto ocorreu após a emissão de um mandado pela Justiça, baseado na suspeita de asfixia constatada preliminarmente pelo médico legista. A captura aconteceu enquanto Gilberto desembarcava na rodoviária de Santos, com informações fornecidas pela Polícia Civil de Carapicuíba que facilitaram a localização e detenção do suspeito.

Gilberto está previsto para ser interrogado no 2º Distrito Policial de Carapicuíba, onde serão detalhadas as próximas etapas da investigação, conforme declarado pelo delegado Daniel Juns dos Santos.