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Polícia e investigação

Mulher sofre infarto e morre após PM invadir sua casa por engano no Acre

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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Na madrugada de domingo (11), Maria Ivanuza Ferreira Lima, de 53 anos, morreu vítima de um infarto fulminante. O filho, Abimael Ferreira Lima, de 20 anos, conta que a mãe passou mal e morreu depois de ter a casa invadida por policiais militares que procuravam por suspeitos de um assalto.

“A gente acordou com o barulho dos policiais. Eles pegaram uma escada da vizinha, pularam o muro do meu quintal e entraram pela janela da sala que não estava trancada. Quando vi, tinha um policial na porta do meu quarto e com a lanterna na minha cara dizendo que era polícia, perguntando meu nome, se eu morava ali. Nisso, minha mãe já vinha lá de trás com outro policial na direção dela e eles perguntaram se ela era minha mãe. Levaram a gente pra área da casa, um me sentou no chão e ficou perguntando se eu tinha comprado coisa roubada e minha mãe foi abrir o portão para os outros policiais. Ela já estava desesperada e quando foi abrir o portão se desesperou mais e saiu despencando nos policiais, meio que já desacordada”, disse.

Após a mãe cair, o filho disse que um outro policial entrou na casa e falou: “não é esse aí”, se referindo a ele. Os militares procuravam por suspeitos de assalto que estariam fazendo famílias reféns na região.

A Polícia Militar do Acre (PM-AC) informou que o fato ocorreu durante um patrulhamento no conjunto Santa Cruz, no qual os policiais militares avistaram, no quintal de uma residência, um homem que aparentava estar prestes a cometer ato ilícito. Ao ver a guarnição, o suspeito correu em direção aos fundos da residência e foi quando os militares iniciaram buscas.

Foram os próprios militares que iniciaram os primeiros socorros à Maria. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, ainda tentou reanimar a vítima, mas ela não resistiu e morreu na área de casa.

“Eles não apresentaram nenhum mandado ou outro documento quando entraram em casa. É uma revolta, não com a questão de serem policiais, não tenho nada contra policiais, até porque eu estudo pra ser um, mas a questão de ter perdido minha mãe em uma situação totalmente desnecessária. Uma situação precoce e desnecessária que ocasionou a morte da minha mãe. Ela não tomava remédio, nunca teve problema com convulsão, ou pressão”, disse o filho.

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