Polícia e investigação
Aluno apreendido em ataque a escola em SP planejou o atentado por 2 anos e treinou facadas em travesseiro
Na manhã de segunda-feira (27/03), ocorreu um ataque em uma escola na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, resultando na morte de uma professora e ferimentos em quatro pessoas. O agressor foi identificado como um aluno de 13 anos, que teria treinado com travesseiros no sótão de sua casa para esfaquear suas vítimas. Segundo o adolescente, ele planejou o ataque por cerca de dois anos e originalmente pretendia realizá-lo com uma arma de fogo, mas como não conseguiu adquirir o armamento, decidiu usar uma faca.
De acordo com seu depoimento, o estudante afirmou que sofria bullying por causa de sua aparência física e era chamado de “rato de esgoto” pelos colegas. Ele disse que sentia tristeza há muitos anos e há cerca de dois anos passou a ter ideias de se vingar. Ele afirmou que sua intenção era matar cerca de duas pessoas e depois se matar.
O adolescente também mencionou que se inspirou em outros massacres ocorridos em escolas, especialmente no Massacre de Suzano, em março de 2019, no qual dois estudantes mataram sete pessoas e depois se suicidaram. No ataque desta segunda, ele usava uma máscara de caveira semelhante à utilizada pelos assassinos naquele atentado.
O jovem afirmou que planejou o ataque por cerca de dois anos e que tentou adquirir uma arma de fogo pela internet durante esse período, mas seus planos sempre falharam, então decidiu usar uma faca. No domingo (26/03), ele pegou a maior faca encontrada na cozinha de casa e guardou-a junto com a máscara e roupa que seria usada no ataque.
Quando acordou na segunda-feira, tirou fotos segurando a arma branca usada no crime e as postou em um perfil no qual ele usa o sobrenome de um dos envolvidos no Massacre de Suzano. As imagens eram legendadas com a afirmação de que ele iria fazer “uma baguncinha na escola”.
O estudante disse que escolheu as vítimas aleatoriamente e que apenas queria atingir várias pessoas e se matar em seguida. Ele contou que ficava muitas horas sozinho no sótão de casa, porque era onde tinha mais privacidade para ficar mais à vontade.
Ele disse que treinou com travesseiros para esfaquear suas vítimas e que sua intenção original era realizar o ataque com uma arma de fogo. No entanto, como não conseguiu adquirir a arma, decidiu usar uma faca. Ele relatou que sofria bullying por causa de sua aparência física na Escola Estadual Thomázia Montoro, onde o crime ocorreu, e em outras unidades de ensino onde ele estudou anteriormente.
O adolescente alegou que era comparado ao serial killer Jeffrey Dahmer, assassino em série que matou 17 homens nos Estados Unidos, entre 1978 e 1991.
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