O Brasil registra um aumento significativo nos casos de mal súbito, especialmente entre jovens, gerando preocupação na comunidade médica. Na Bahia, as mortes por doenças isquêmicas do coração — principais causas vinculadas ao mal súbito — saltaram de 923 ocorrências em 2014 para 1.135 em 2024, representando um crescimento de 22%.
O fenômeno não se restringe ao território baiano. Em São Paulo, o número de mortes por mal súbito aumentou 13% em um ano, passando de 2.442 óbitos em 2023 para quase 2.800 vítimas em 2024. Segundo dados do DataSUS, na última década, 11.998 pessoas morreram de infarto agudo do miocárdio, transtornos de condução e arritmias cardíacas na Bahia.
Jovens em academias: casos recentes geram alerta
Casos envolvendo jovens que sofreram mal súbito em academias têm chamado atenção nacional. Em maio de 2025, Dayane de Jesus, de 22 anos, morreu durante exercícios em uma academia em Copacabana, Rio de Janeiro. O local foi interditado por não possuir desfibrilador, equipamento obrigatório por lei estadual desde 2022.
Outro caso ocorreu em Bocaina, São Paulo, onde Mayara dos Santos, de 24 anos, faleceu após mal súbito durante treino de musculação. A jovem havia tratado tromboembolismo pulmonar e usava medicação para insuficiência cardíaca, além de ter consumido suplemento pré-treino antes do exercício.