Por que o Google ainda reina nas buscas online? Um estudo recente de Stanford, MIT e Universidade da Pensilvânia joga luz sobre essa questão, mostrando que a qualidade do serviço não é o único fator determinante.
A pesquisa aponta que a inércia, a falta de atenção e até mesmo uma percepção errada sobre os concorrentes têm um peso enorme nessa história. Sabe aquela história de que ’em time que está ganhando não se mexe’? Pois é, parece que muita gente aplica essa lógica na hora de escolher um buscador.
Muitos usuários nem sequer experimentaram outras opções, como o Bing, da Microsoft. Para testar essa teoria, os pesquisadores ofereceram uma grana para o pessoal usar o Bing por um tempo. E adivinha? Uma galera continuou usando mesmo depois que o dinheiro acabou! Aparentemente, o Bing não era tão ruim quanto pensavam.
O Poder de um Incentivo
O estudo, que envolveu mais de 2.300 participantes nos EUA, revelou que uma simples ‘forcinha’ pode mudar a preferência das pessoas. Com US$ 10 no bolso para usar o Bing por 14 dias, o buscador viu sua participação no mercado crescer. E o mais legal? Cerca de 22% continuaram usando depois, com muitos admitindo que o Bing era melhor do que imaginavam e que já tinham se acostumado com ele.
Mesmo com um incentivo menor, de apenas US$ 1, o Bing conseguiu abocanhar 32% das buscas durante o período da pesquisa. Isso mostra que a galera não tem tanta resistência assim a mudar, e que muitos não têm uma preferência forte por um buscador específico. É mais falta de costume do que outra coisa.
Atenção, Custo de Mudança e Escolha Ativa
O estudo também mostrou que a falta de atenção é um baita obstáculo para a concorrência. Cerca de 34% dos participantes simplesmente não trocavam de buscador, mesmo querendo outra opção. E aquelas telas que perguntam qual buscador você quer usar? Quase não fizeram diferença. Mudar o buscador padrão automaticamente teve um impacto bem maior, mesmo que a adesão tenha diminuído com o tempo.
O Google sempre alega que a concorrência está a um clique de distância, mas os pesquisadores discordam. O fato de o Google ser o padrão já dificulta a experimentação com outras opções, o que acaba distorcendo a percepção de qualidade. Se as pessoas fossem incentivadas a testar outros buscadores antes de escolher, a participação do Google poderia cair de 90% para 75%.
Implicações Regulatórias
E não para por aí! As descobertas desse estudo estão sendo usadas em processos antitruste contra o Google nos EUA. Estão rolando discussões sobre medidas para incentivar a concorrência, como campanhas de informação ao consumidor e até mesmo a proibição de o Google pagar para ser o buscador padrão em navegadores e sistemas operacionais.
Afinal, como dizem os pesquisadores, os motores de busca são como ‘bens de experiência’: você só consegue avaliar de verdade depois de usar. Então, bora experimentar outras opções e ver qual te agrada mais!