Uma pesquisa recente realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) apontou que menos da metade (44%) dos usuários de internet de 9 a 17 anos já acessam a rede mundial de computadores no ambiente escolar. Entre os mais ricos, classes A e B, o percentual sobe para 56%, enquanto que para as crianças e adolescentes das classes D e E, fica em 34%.
A diferença de acesso à internet na escola também varia pelas faixas etárias. Apenas 8% dos jovens de 9 e 10 anos usam a rede no ambiente escolar, enquanto que 68% dos adolescentes de 15 a 17 anos já acessam a internet na escola. Esses dados mostram que a escola tem um papel importante em proporcionar um acesso de qualidade à internet para todos os alunos.
O acesso à internet em casa é muito popular entre crianças e adolescentes no Brasil, sendo mencionado por 97% dos jovens. Entretanto, há desigualdades em relação à qualidade da conexão. A velocidade é ruim sempre para 31% dos jovens que acessam a rede, enquanto 45% disseram enfrentar esse problema às vezes.
A falta de créditos no celular impede a conexão sempre de 22% das crianças e adolescentes e eventualmente de 25%. O celular é o dispositivo mais utilizado para conexão, sendo usado por 96% dos jovens. No entanto, ele é a única opção de acesso para 82% dos jovens das classes D e E e para 49% da classe C. Entre as crianças e adolescentes das classes A e B, a proporção cai para 21%.
É importante destacar que a internet também pode ser um ambiente perigoso para crianças e adolescentes, especialmente quando se trata de exposição a conteúdos inapropriados e riscos de ciberbullying. A pesquisa revelou que a atividade mais realizada pelos jovens na internet é ouvir música (87%), seguida por assistir vídeos, filmes ou séries (82%) e pesquisa para trabalhos escolares (80%).
Por fim, a maioria dos jovens (79%) diz ser cuidadosa com aquilo que fala ou posta na internet e 77% diz só clicar em sites ou aplicativos que confia. Enquanto 73% afirma ter cuidado com os convites de amizade que aceita nas redes sociais e 63% só compartilha conteúdo ou informações com amigos próximos.
Os resultados da pesquisa do Cetic.br mostram que é fundamental garantir um acesso seguro e de qualidade à internet para crianças e adolescentes no Brasil. A escola e a família devem trabalhar juntas para conscientizar e monitorar as atividades online dos jovens, visando promover um ambiente digital saudável e seguro.
