O YouTube anunciou, na quinta-feira (9), que vai passar a permitir que usuários banidos criem novas contas e, em alguns casos, republicar vídeos que haviam sido removidos por violação das regras. A medida veio depois de um teste limitado com poucos criadores no mês anterior.
A mudança foi tomada sob pressão de legisladores republicanos dos Estados Unidos, que investigavam suposta interferência do governo Biden na retirada de conteúdos online. A empresa afirmou que a decisão reflete um “compromisso com a liberdade de expressão” e a ideia de que “alguns criadores merecem uma segunda chance”.
O que muda
Segundo as regras divulgadas, criadores que tiveram canais encerrados poderão solicitar retorno após um ano, desde que não tenham cometido infrações graves. Se aprovados, poderão abrir um novo canal, mas sem recuperar os seguidores antigos.
Entre as condições destacadas:
- A solicitação só é possível a partir de um ano do encerramento do canal.
- Estão fora dessa possibilidade casos de infrações graves, como violações de direitos autorais ou fraudes no sistema.
- A aprovação permite criar um novo canal; os seguidores anteriores não são transferidos automaticamente.
Vídeos que haviam sido removidos — inclusive conteúdos com alegações falsas sobre a Covid-19 ou as eleições de 2020 — poderão ser reenviados, desde que obedeçam às diretrizes atuais da plataforma. A empresa disse que vai avaliar cada caso individualmente, levando em conta o histórico do criador e seu comportamento em outras redes.
O processo começou com um projeto-piloto. Os usuários aprovados passam a ficar sujeitos às mesmas regras e penalidades aplicadas a qualquer novo canal.
Por que isso importa
O que isso significa para quem produz conteúdo? Na prática, é uma abertura controlada: uma chance de voltar, mas com limites. A mudança também é vista como parte de uma tendência de flexibilização na moderação por grandes empresas de tecnologia — citando, por exemplo, a Meta.
Especialistas e criadores em países lusófonos, inclusive no Brasil e na Bahia, acompanharam a atualização das diretrizes. As investigações conduzidas por legisladores republicanos seguiam em andamento no momento do anúncio.
Em resumo: o YouTube abriu uma porta para criadores banidos — com regras claras e análise caso a caso.