A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) manifestou preocupação com a ausência de políticas públicas estaduais para o controle da população de cães no interior da Bahia. Ela também solicitou maior clareza nos acordos de castração, citando impactos na proteção animal, segurança e no setor agropecuário devido ao aumento de matilhas.
Em entrevista ao Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias, a parlamentar pontuou a ineficácia dos programas atuais.
“Hoje não existe nenhum programa que a gente possa dizer: ‘Tem isso aqui para salvar os animais’. O que tem é um convênio com uma ONG de uma ex-vereadora para, teoricamente, castrar uns animais aí. Mas cadê? Relatório, transparência? O dinheiro só entra. Eu não vejo aplicabilidade nenhuma”
afirmou Marcelle Moraes.
Impacto na Agropecuária
A vereadora ressaltou que a formação de grupos de cães abandonados leva esses animais a agirem de forma selvagem, causando prejuízos significativos. Segundo ela, esses grupos predam caprinos, bovinos, patos e galinhas, afetando diretamente o setor agrícola do estado. Há também um alerta sobre o risco de transmissão de raiva, caso um animal infectado por morcego morda outros.
Diante do cenário, Marcelle Moraes defende a implementação de um programa contínuo de castração, abrangendo todos os 417 municípios da Bahia.
“São 417 cidades na Bahia. Tem que ter política de castração em todos. Porque se não castrar, de 20 vira 500. Aí, daqui a pouco, vão querer trazer de volta a carrocinha de antigamente, para sair recolhendo e matando os animais. E isso eu não vou aceitar”
concluiu a vereadora, reforçando seu posicionamento contra métodos antigos de controle populacional animal.