Lideranças do União Brasil consideram como certo o processo de desvinculação da sigla da base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até o final de 2025, a previsão é que dois dos três ministérios atualmente ocupados por nomes ligados ao partido sejam entregues. A medida, conforme apurado pelo Metrópoles, faz parte da estratégia de preparação do partido para as eleições gerais de 2026.
Próximas exonerações esperadas
De acordo com informações obtidas reservadamente junto a dirigentes do partido, os ministros Celso Sabino, do Turismo, e Frederico Siqueira, das Comunicações, são os nomes que devem apresentar seus pedidos de exoneração dos cargos nos próximos meses.
A única exceção a este movimento seria Waldez Góes, que atualmente comanda o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Mesmo sem filiação ao União Brasil, Góes permanece em sua posição por indicação direta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e, segundo as mesmas fontes partidárias, sua permanência está assegurada.
Contexto político e federação
Este movimento de distanciamento ocorre após o União Brasil formalizar uma federação partidária com o Progressistas (PP). A legenda do PP é presidida pelo senador Ciro Nogueira, do Piauí, que exerceu o cargo de ministro-chefe da Casa Civil durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que sinaliza uma reconfiguração nas alianças políticas para os próximos pleitos eleitorais.