A Executiva Nacional do União Brasil decidiu, nesta quinta-feira (18), exigir que os filiados que ocupam cargos no governo peçam demissão em 24 horas — caso contrário, poderão ser expulsos da legenda.
A medida foi tomada após reportagem da Folha de S.Paulo que retomou apuração do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e do UOL. O material cita declarações de um piloto que afirmou que o presidente do partido, Antonio Rueda, seria proprietário de aviões supostamente operados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda negou as acusações.
A direção do partido também apontou para uma possível influência do Palácio do Planalto na divulgação das denúncias, lembrando que um dos autores do conteúdo tinha programa na TV Brasil.
“Tal ‘coincidência’ reforça a percepção de uso político da estrutura estatal, visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”, diz a nota oficial do União Brasil.
Segundo a direção, um dos ministros filiados ao partido foi informado da nova determinação na manhã desta quinta, mas ainda não se posicionou sobre o que fará diante da exigência.
O que muda na prática
Em resumo, as medidas aprovadas têm efeitos imediatos:
- Filiados em cargos na Esplanada têm 24 horas para apresentar pedido de demissão.
- Quem não cumprir o prazo pode ser submetido a processo de expulsão do partido.
- As posições dos ministros envolvidos continuam pendentes e dependem do posicionamento individual de cada um.
A situação segue em evolução e deve ganhar desdobramentos à medida que os ocupantes dos cargos se manifestarem.