O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta quarta-feira (30) a aplicação de uma nova tarifa sobre produtos brasileiros. O decreto estabelece uma cobrança extra de 40%, que pode elevar o imposto total para até 50% sobre alguns itens importados do Brasil.
A medida, contudo, prevê diversas exceções que aliviam o impacto em setores específicos da economia brasileira. A lista detalhada de produtos isentos foi divulgada pelo governo norte-americano junto ao decreto.
Principais itens isentos da tarifa
Entre os bens que não serão afetados pela nova taxação estão:
- Produtos agrícolas e de madeira: Incluem suco e polpa de laranja, castanha-do-Pará, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira, e fios de sisal ou outras fibras do gênero Agave.
- Bens de energia e minerais: Carvão, gás natural, petróleo e derivados (como querosene e óleos lubrificantes), além de minerais específicos como silício, ferro-gusa, alumina e metais preciosos como ouro e prata.
- Artigos de aeronaves civis e veículos: Componentes de aviões (motores, peças, sistemas elétricos) e alguns tipos de veículos e suas partes, excluindo sedans, SUVs, minivans e caminhões leves.
- Outros produtos industriais: Fertilizantes, itens semiacabados e componentes industriais de ferro, aço, alumínio e cobre também estão fora da cobrança extra.
Além dos produtos já mencionados, o decreto também isenta bens em trânsito (desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro), artigos de uso pessoal levados por passageiros, doações de cunho humanitário (exceto em casos de risco à soberania nacional, a critério presidencial), materiais informativos como livros e filmes, e bens retornados aos EUA para reparo, modificação ou processamento, sob certas condições de valor agregado.
Entrada em vigor e impactos
As novas tarifas e as respectivas isenções começarão a valer em sete dias a partir da assinatura do decreto. Enquanto alguns segmentos do mercado brasileiro podem enfrentar desafios significativos devido ao aumento da taxação, outros setores foram beneficiados pela exclusão de seus produtos da lista de sobretaxas, gerando um cenário misto para as exportações brasileiras aos Estados Unidos.
