Brasília, Brasil – O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou a maioria necessária para o arquivamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. O processo, que se insere no contexto da Operação Lava Jato, foi finalizado neste segunda-feira, 20.
A denúncia da PGR, apresentada em 2018, acusava Hoffmann e Bernardo de envolvimento em esquemas de caixa dois, especificamente a aceitação de uma doação não declarada de R$ 5 milhões para campanha eleitoral. A defesa dos acusados sempre negou as acusações, sustentando a legalidade de suas ações.
O julgamento, realizado em plenário virtual, teve início com o voto do relator do caso, ministro Edson Fachin, a favor do arquivamento. Ao longo da última semana, os votos dos ministros André Mendonça, Dias Toffoli, Barroso, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes seguiram a mesma linha, formando assim a maioria necessária para o arquivamento.
Este desfecho representa um capítulo significativo na série de investigações e processos relacionados à Operação Lava Jato, que tem marcado o cenário político brasileiro nos últimos anos. A decisão do STF encerra, pelo menos judicialmente, as acusações contra Hoffmann e Bernardo neste caso específico.
