Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, ficou doente ao saber que seu filho é um dos alvos da operação Smoke Free da Polícia Federal.
De acordo com a Polícia Militar, recebeu atendimento médico na unidade e, atualmente, o seu estado de saúde é considerado estável.
A operação iniciou ontem para cumprir 27 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão. Até o meio-dia, 15 indivíduos haviam sido detidos, dentre eles um policial federal e no mínimo sete policiais militares.
Além disso, estão sendo cumpridas ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, como imóveis, criptomoedas, veículos e dinheiro em espécie, avaliados em R$ 300 milhões.
A PF diz que, pelo menos desde 2019, o grupo vende cigarros para facções criminosas no Rio. As notas fiscais dos produtos eram falsificadas ou, ainda, nem sequer foram feitas.
Dívidas!
O dinheiro da venda ilegal de cigarros era lavado e mandado para fora. Segundo a Polícia Federal, o grupo que auxilia o esquema criminoso é um devedor do governo. Deixou de recolher aproximadamente R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
A ação conta com o respaldo do MPF (Ministério Público Federal) e da Agência de Investigações da Segurança Interna dos Estados Unidos em Brasília, a qual repassou dados à PF.
Os investigados podem ser condenados por sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas.
