Uma comitiva de senadores brasileiros embarca na próxima semana para os Estados Unidos com o objetivo de negociar o encerramento do tarifaço imposto pelo governo norte-americano sobre as importações de produtos do Brasil. A expectativa dos congressistas é que a influência do ex-presidente estadunidense Barack Obama possa ser um elemento chave para aproximar a delegação brasileira de políticos do país e abrir caminhos para discussões com a administração de Donald Trump.
A agenda da comitiva em Washington, capital dos EUA, está prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 de julho. Entre os parlamentares que compõem o grupo, destaca-se a presença de Jaques Wagner (PT), que atua como líder do governo no Senado federal.
Estratégia diplomática
A estratégia dos senadores brasileiros, conforme apuração do Metrópoles, baseia-se na sólida relação existente entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Obama. Acredita-se que este vínculo possa facilitar o acesso da comitiva a empresários e importantes lideranças políticas dos Estados Unidos, especialmente aquelas ligadas ao Partido Democrata, sigla do ex-mandatário americano.
Durante as reuniões, os membros da delegação brasileira planejam expor argumentos que demonstram o impacto negativo do tarifaço de Trump não apenas sobre os produtos brasileiros, mas também sobre os próprios empresários norte-americanos. A discussão incluirá o potencial da medida em elevar a inflação nos EUA, ao tornar certos produtos mais caros para o consumidor final.
Composição da comitiva
A missão diplomática será encabeçada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Além dele e de Jaques Wagner, outros sete senadores integram o grupo:
- Tereza Cristina (PP-MS)
- Fernando Farias (MDB-AL)
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
- Esperidião Amin (PP-SC)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
- Carlos Viana (Podemos-MG)
A expectativa é que as conversas contribuam para uma solução diplomática que minimize os efeitos das barreiras comerciais e fortaleça as relações econômicas bilaterais.