Tutores e organizações que cuidam de animais enfrentam desafios em Salvador. O motivo? A Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) teria limitado as castrações gratuitas de cães e gatos. De acordo com denúncias, agora só é possível castrar 3 animais por tutor. Quem ama os bichos sabe como a castração é essencial para a saúde e controle populacional, não é?
Essa medida preocupa quem se dedica a resgatar e cuidar de bichinhos abandonados. Protetores de animais, que muitas vezes acolhem dezenas de cães e gatos, são os mais impactados. Eles precisam levar mais de três animais para castrar regularmente.
Imagina só o transtorno! Isso significa mais idas aos locais de castração e, claro, mais gastos com deslocamento. Além disso, a limitação aumenta o risco de reproduções indesejadas e a proliferação de doenças entre os animais na cidade.
Uma tutora, que prefere não se identificar, falou sobre a dificuldade. Ela contou que, em alguns casos, nem mesmo a guia de castração está sendo liberada. O motivo alegado? Problemas no sistema. “De 2 meses para cá a prefeitura limitou a três castrações por pessoa”, disse ela. “A dificuldade tem sido tamanha que em alguns casos nem a guia de castração eles estão fornecendo e alegando ser culpa do sistema”, completou.
O Que Diz a Secis?
Mas qual a explicação da prefeitura para essa situação? O Bahia Notícias buscou a Secis. O titular, Ivan Euller, encaminhou a demanda para Amanda Moraes, diretora de Promoção à Saúde e Proteção Animal (Dipa). Ela, que está há 20 dias no cargo, já encontrou essa situação.
Amanda Moraes falou que a limitação de três animais por tutor foi causada por um problema técnico no sistema de agendamento. A diretora garantiu que a questão foi relatada ao secretário e aos setores responsáveis. O sistema, que antes funcionava na Secretaria de Saúde, agora apresenta essa falha.
Amanda explicou que o analista técnico deve emitir um parecer para resolver o quanto antes. “Não é algo que será permanente, é temporário e que estamos solucionando”, afirmou a diretora. Ela esclareceu que, antigamente, gestores e clínicas conseguiam identificar protetores e marcar mais castrações, o que não é mais possível. Agora, a limitação é de três por CPF a cada mês, mesmo para quem gerencia.
“Quando entrei em contato com o secretário para saber porque, ele informou que não foi uma mudança, que foi algo do sistema e que o analista iria resolver”, falou Amanda. Ela frisou que ainda não recebeu o parecer técnico, mas vai cobrar para que seja emitido. Se necessário, uma nota será publicada para a população ficar ciente.
A Secis informou que, caso a falha não seja corrigida rapidamente, alternativas estão sendo avaliadas. Isso inclui a possível substituição do sistema atual. O objetivo é garantir que o atendimento aos protetores continue eficiente e sem burocracia.
Apesar de não haver um prazo exato para a solução, Amanda Moraes finalizou falando sobre os esforços diários para resolver o problema. Ela destacou a importância dos protetores independentes para o trabalho do município. “Sem eles, a gente não tem como resgatar esses animais”, concluiu.