O PT na Bahia vai esperar a decisão da direção nacional sobre a renovação da Federação Brasil da Esperança antes de definir sua estratégia eleitoral no estado, afirmou o presidente do diretório estadual, Tássio Brito, em entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo Tássio, a decisão é de competência da direção nacional. O diretório baiano está acompanhando o debate com atenção, mas só pretende traçar os próximos passos depois que as discussões em Brasília forem concluídas.
Como ele resumiu: “O debate sobre federação é nacional, então não cabe à direção estadual decidir sobre isso. Todos os elementos vão ser levados em consideração pela nacional — a sustentação do nosso presidente Lula, a formação de um campo ideológico mais conjunto, mais alinhado, mais afinado.”
Ele acrescentou que a posição do partido na Bahia dependerá do formato final da federação e que esse acompanhamento visa permitir uma tática eleitoral mais precisa no estado. “Estamos acompanhando essa formação até para traçar nossa tática eleitoral com mais assertividade. Vamos aguardar a direção nacional fechar esse processo de debate político para, aqui na Bahia, darmos encaminhamento à nossa tática eleitoral”, declarou.
O que está em jogo
Em linhas gerais, a Federação Brasil da Esperança reúne PT, PCdoB e PV em uma aliança de caráter permanente, com duração mínima de quatro anos, criada após o fim das coligações proporcionais. Na prática:
- os partidos mantêm identidade própria, mas atuam de forma unificada nas eleições e nos parlamentos;
- a formação apoiou a campanha de Lula em 2022;
- ela tem prazo de validade e pode ser dissolvida antes das eleições de 2026 dependendo das decisões nacionais.
Tássio elogiou o modelo como uma evolução em relação às antigas coligações, apesar de reconhecer que o formato é mais rígido e provoca divergências em alguns locais. “A federação é um instrumento importante. Claro que também causa ruído em diversos lugares, porque é uma coisa nova, é um formato mais rígido — uma coligação, entre aspas, mais rígida. Isso causa choque de interesse, mas faz parte da política”, disse.
Até que a direção nacional se posicione, o diretório do PT na Bahia segue acompanhando para só então definir como confrontar localmente as próximas escolhas eleitorais.
