Uma notícia que tem dado o que falar no país: a maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, que partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi analisada em uma pesquisa da Quaest/Genial Investimentos. Os dados, coletados entre 13 e 17 de agosto e divulgados na última sexta-feira (22), mostram que 55% dos entrevistados apoiam a medida. Por outro lado, 39% a veem como injusta. Vale lembrar que a determinação judicial, de 4 de agosto, teve como base um suposto descumprimento de medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de publicações em redes sociais.
Apoio e Oposição à Medida
Olhando mais de perto, o apoio nacional de 55% ganha nuances regionais. No Nordeste, por exemplo, a adesão é ainda maior, com 65% dos moradores considerando a medida justa – um dado com peso especial em estados como a Bahia. Esse respaldo é fortíssimo entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, chegando a 84%, e entre aqueles que se identificam com a esquerda não-lulista, atingindo impressionantes 93%.
Em contrapartida, a percepção de injustiça é predominante entre os bolsonaristas assumidos (87%) e os eleitores que escolheram Bolsonaro na última eleição (83%).
Percepções sobre a Conduta do Ex-Presidente
A pesquisa foi além e investigou a percepção pública sobre as atitudes do ex-presidente. Para 57% dos entrevistados, Bolsonaro participou de chamadas de vídeo em atos no dia 3 de agosto com a intenção clara de provocar o ministro Alexandre de Moraes. Já 30% preferem encarar o episódio como um erro.
Um dado notável é o aumento da conscientização sobre o tema: 84% dos brasileiros já têm conhecimento da prisão domiciliar, um salto significativo em relação aos 73% registrados em março. Ou seja, o assunto está cada vez mais presente no dia a dia da população.
A compreensão pública sobre a gravidade das acusações também se aprofundou. Quando questionados sobre a participação de Bolsonaro em um plano de tentativa de golpe, 52% dos brasileiros responderam afirmativamente, um aumento em relação aos 49% registrados em março. Esse dado ressalta como as implicações políticas, tanto locais quanto nacionais, estão ecoando nas discussões sobre a estabilidade democrática e o papel das instituições no país.
O Que Esperar do Futuro?
Com o julgamento do ex-presidente pelo STF se aproximando, agendado para começar em 2 de setembro, o tema ganha ainda mais projeção. A pesquisa revelou que impressionantes 86% dos entrevistados já estão cientes desse processo futuro. Isso indica que os próximos veredictos judiciais terão um impacto considerável e serão acompanhados de perto no panorama político e social do nosso país.