Alunos e professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana, cidade baiana situada a cerca de 100 km de Salvador, estão enfrentando uma série de dificuldades causadas por um verdadeiro descaso da prefeitura. Segundo reportagem exibida pelo Jornal da Record nesta segunda-feira (7), o calendário escolar está atrasado, há falta de merenda e o transporte escolar é precário. Além disso, as escolas estão com falta de funcionários e os salários dos professores estão atrasados.
A situação mais grave é a da Escola Doutor Colbert Martins Silva, localizada no distrito de Jaguara e que leva o nome do pai do prefeito. A escola está dividida em dois pequenos imóveis na região, um dos quais era um antigo açougue. O local não oferece infraestrutura adequada para abrigar os alunos, e tanto o imóvel quanto os móveis estão em condições deploráveis.
A construção da Escola Doutor Colbert Martins Silva já havia sido denunciada na Câmara Municipal de Feira de Santana em 2021. Na época, o vereador Professor Ivamberg (PT) apontou que a obra havia custado mais de R$ 1,6 milhão e que a prefeitura não havia dado qualquer justificativa para o atraso na entrega. Até o momento, a escola não foi entregue.
A prefeitura de Feira de Santana informou à emissora de TV que o calendário escolar de 2023 começará em 29 de março e que as escolas receberão merenda a partir de 20 de março. A prefeitura também informou que autorizou licitação para retomar as obras em quatro unidades de ensino que estão paralisadas, incluindo a construção da Escola Doutor Colbert Martins. No entanto, os alunos e professores ainda enfrentam dificuldades e a falta de uma estrutura adequada para o aprendizado.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que as autoridades municipais de Feira de Santana tomem medidas urgentes para garantir uma educação de qualidade aos alunos da rede municipal. Afinal, o futuro deles está em jogo e não pode ser comprometido por falhas de gestão.
