Na manhã desta segunda-feira, 12 de maio, o prefeito de Paulo Afonso, Mário Galinho, manifestou sua frustração após audiência que discutiu o atraso no repasse de R$ 23 milhões pela Chesf, valor essencial para a construção do Hospital Universitário na cidade. O encontro, que reuniu autoridades locais e representantes da empresa, terminou sem uma solução definitiva para o impasse.
“A Chesf ficou apenas com a responsabilidade de cumprir com o valor de R$ 23 milhões, mas até agora não realizou o depósito judicial”, destacou Galinho durante seu pronunciamento. O prefeito enfatizou que a falta desse recurso está comprometendo o cronograma de implementação de uma unidade de saúde considerada fundamental para toda a região.
O projeto do Hospital Universitário representa um investimento total de R$ 155 milhões e promete transformar a assistência médica em Paulo Afonso e municípios vizinhos. Quando concluído, o complexo hospitalar contará com 165 leitos, incluindo 20 de UTI adulto, 10 de UTI neonatal e 15 de semi-UTI neonatal, ampliando significativamente a capacidade de atendimento especializado na região.
A situação se arrasta desde dezembro de 2024, quando o então prefeito Marcondes Francisco participou de uma audiência na Justiça Federal para tratar da instalação do hospital. Na ocasião, foram discutidos os avanços no projeto e as negociações com parceiros envolvidos na construção, incluindo a Chesf.
“Estamos diante de uma questão de prioridade para a saúde pública. O atraso no repasse desses recursos demonstra a falta de compromisso com o bem-estar da população de Paulo Afonso”, afirmou o prefeito Galinho.
O não cumprimento do acordo por parte da Chesf motivou a remarcação da audiência, enquanto a prefeitura busca alternativas para não comprometer ainda mais o cronograma de obras. A administração municipal tem destacado que o Hospital Universitário é essencial para suprir as deficiências do atual sistema de saúde, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas pelo Hospital Nair Alves de Souza.
Durante a audiência de dezembro, o desembargador Dr. Carlos Brandão havia sugerido uma visita ao hospital existente para verificar pessoalmente as condições discutidas, reforçando a urgência da situação.