O prefeito Bruno Reis (União Brasil) apresentou, nesta quinta-feira (6), em Salvador (BA), o Plano Municipal de Segurança Pública e Defesa Social — um documento pensado para aproximar ainda mais a Prefeitura do Governo do Estado no enfrentamento da criminalidade e na prevenção da violência.
O que o plano traz
O texto sistematiza um trabalho que já vinha sendo feito em parceria com as polícias Militar e Civil, mas agora com diretrizes, metas e estrutura legal próprias, construídas a partir de audiências públicas e consultas à sociedade civil.
Entre as propostas estão medidas práticas para ampliar a cooperação entre órgãos e facilitar o uso de tecnologia: compartilhamento de imagens de câmeras de vigilância, integração entre centros de controle e inteligência e regras para que empresas privadas possam repassar imagens ao poder público.
- Criação do Fundo Municipal de Segurança Pública para captar recursos junto a fundos nacionais e organismos internacionais;
- Normatização do uso de câmeras de vigilância por empresas privadas, com critérios para o compartilhamento de imagens;
- Integração entre centros de controle e inteligência e compartilhamento de informações operacionais.
‘Queremos fazer de Salvador uma cidade mais segura, mais tranquila para quem mora e para quem visita’, disse Bruno Reis.
Como o plano foi elaborado
O documento passou por revisão conjunta com a equipe do governador Jerônimo Rodrigues (PT) antes de ser finalizado. Sugestões encaminhadas pela Secretaria de Segurança Pública e pela Secretaria de Justiça foram incorporadas, segundo a Prefeitura — um sinal de que o plano nasceu com uma intenção explícita de cooperação entre os níveis municipal e estadual.
‘O governador nos pediu para que a Secretaria de Segurança Pública e a de Justiça revisassem o texto, e as sugestões foram incorporadas. Agora ampliamos a cooperação e estabelecemos metas conjuntas para reduzir os índices de criminalidade’, afirmou Bruno Reis.
Próximos passos
O plano prevê a inauguração do Centro de Controle de Operações da Prefeitura até o fim do primeiro semestre de 2026. Depois da apresentação, o projeto foi encaminhado para a Câmara Municipal de Salvador, onde os vereadores terão autonomia para sugerir ajustes e promover novas audiências públicas, se necessário.
‘O que precisava era ter um plano para nortear as ações, captar mais recursos e deixar um legado para a cidade. Esse plano estabelece compromissos concretos para que Salvador continue avançando na construção de uma cidade mais segura’, disse Bruno Reis.
Historicamente, boa parte das prefeituras contribuía com ações transversais na educação, no esporte e na cultura. O novo plano parte dessa experiência, mas reforça a necessidade de unir esforços de forma permanente diante da profissionalização do crime organizado.

