O financiamento público para a saúde mental na Bahia está em alerta vermelho. Quem faz o aviso é o deputado estadual Alex da Piatã, que preside a Comissão de Saúde e Saneamento na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em conversa com o Bahia Notícias, ele expressou preocupação com a falta de recursos suficientes na área.
O desafio do orçamento
Você já parou para pensar no desafio de mudar orçamentos? O deputado explica que implementar políticas públicas mais robustas em saúde mental exige mexer nas finanças. Isso significa realocar verbas, um processo que ele descreve como “sempre um desafio”.
Quem está na linha de frente?
Na prática, quem cuida da saúde mental diretamente são os municípios. Eles atendem a população, oferecem o serviço essencial, mas a realidade é dura: faltam recursos próprios. O trabalho depende muito dos repasses que vêm dos governos do estado e federal, segundo o parlamentar. Por isso, ele defende uma união maior entre as diferentes esferas de governo para garantir mais dinheiro para essas ações.
A influência da pandemia
E a pandemia de Covid-19, como entrou nessa história? Alex da Piatã aponta que a crise sanitária intensificou os problemas de saúde mental. Além disso, ela acelerou mudanças digitais que eram esperadas para daqui a anos, mas aconteceram de repente, criando novos desafios sérios para todos.
Olhando para os avanços
Apesar do cenário orçamentário apertado, o deputado reconhece alguns passos importantes. Ele fala sobre investimentos anunciados pelo governo estadual, via Secretaria da Saúde (Sesab). Esses recursos estão sendo direcionados para centros de reabilitação e, principalmente, para a expansão dos Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS.
Você sabia que priorizar os CAPS tem sido um foco? O parlamentar conta que, em um pacote recente do governador com a secretária de saúde, houve um esforço notável para fortalecer essas unidades. Muitos municípios estão correndo para ampliar ou abrir seus próprios CAPS. Na própria AL-BA, a discussão sobre saúde mental, incluindo temas como autismo, tem ganhado força na Comissão de Saúde, impulsionada por deputados engajados.
Então, mesmo com os avanços e a discussão em alta, o recado final do deputado é direto: a resposta do ponto de vista do dinheiro ainda não é suficiente. Não temos o bastante para colocar em prática as políticas públicas que realmente resolveriam ou pelo menos diminuiriam a crise na área da saúde mental.
Fique ligado: o Bahia Notícias vai publicar a entrevista completa com Alex da Piatã nesta segunda-feira, 9 de outubro, a partir das 11h10.