A menos de duas semanas da data estimada para a votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados, 261 membros da Casa revelaram ao jornal O Estado de S.Paulo que votarão a favor da abertura do procedimento e 117 se posicionaram contra.
Outros nove não quiseram se manifestar, 55 disseram estar indecisos (ou à espera de orientação partidária) e 71 integrantes de 15 siglas não foram localizados.
A consulta se concentrou, porém, nos partidos que não fazem parte do núcleo duro do governo (PT e PCdoB) e nem da oposição (PSDB, DEM, PPS e SD).
Para a abertura do processo de impeachment na Câmara, são necessários dois terços do plenário, ou seja, 342 votos. Para arquivar o pedido, o governo precisa do apoio de 171 deputados, incluindo votos favoráveis, faltas e abstenções.
Entre os que desejam o impeachment, já se fala em estender a sessão, que deve ocorrer até o dia 15, caso não haja recurso do governo até o domingo. O objetivo seria atrair mais atenção da população para uma batalha que os números mostram estar acirrada e ainda em aberto.
O jornal procurou individualmente os parlamentares, de modo sigiloso. “A consulta pode trazer uma fotografia do momento, mas se a mesma pergunta for feita na semana que vem, o resultado talvez seja diferente”, frisou um deputado do PMDB pró-impeachment.