O deputado Tiago Correia (PSDB), líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia e presidente do partido, voltou a levantar dúvidas nesta quarta-feira (24) sobre a decisão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O governo autorizou a destinação de R$ 243 milhões do programa Bolsa Presença para obras e para o pagamento de um abono extraordinário a professores — medida publicada no Diário Oficial na terça-feira (23).
De acordo com o ato publicado, a movimentação prevê que recursos do Bolsa Presença sejam aplicados em intervenções e no pagamento pontual aos docentes, segundo os documentos citados pelo parlamentar.
“O governo precisa dar explicações do porquê dessa movimentação e quando haverá a reposição dos recursos do Bolsa Presença, que é um auxílio que garante a segurança alimentar de mais de 300 mil famílias pobres, tendo como critério a permanência dos estudantes em sala de aula”, disse o parlamentar.
Correia afirmou que a medida aponta para uma desorganização financeira e manifestou preocupação com os efeitos no programa, que atende famílias em situação de vulnerabilidade. Para ele, não se trata de um benefício eventual: o Bolsa Presença é, sobretudo, um auxílio ligado à segurança alimentar de mais de 300 mil famílias e ao estímulo da frequência escolar.
Questionamentos sobre as contas
O líder da Oposição também questionou a saúde das contas do Estado após esse novo manejo orçamentário e classificou a operação como uma possível manobra contábil — uma espécie de pedalada, na avaliação dele. Correia lembrou ainda que há indicadores de arrecadação R$ 7 bilhões acima do previsto e que a Assembleia já autorizou cerca de R$ 23 bilhões em empréstimos.
Quais serão as consequências práticas dessa remanejamento? Quando e como o governo vai repor os valores retirados do Bolsa Presença? Essas foram as perguntas que o deputado cobrou publicamente, pedindo transparência e prazos claros para a recomposição dos recursos.
- Valor movimentado: R$ 243 milhões.
- Destino: obras e abono extraordinário a professores.
- Beneficiários do Bolsa Presença: mais de 300 mil famílias.
- Dúvidas levantadas: reposição dos recursos e possível manobra contábil.
