Após pouco mais de três anos de pandemia de covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou o fim da emergência em saúde pública de importância internacional. Porém, durante coletiva de imprensa em Genebra, ele alertou que voltar ao que chamou de “velho ciclo de pânico e negligência” seria uma falha em aprender as lições da pandemia e um desrespeito às futuras gerações.
Tedros destacou a necessidade de um compromisso dos estados-membros da organização para não repetir os erros do passado, que deixaram o mundo vulnerável à propagação da covid-19.
“Essa experiência deve mudar a todos nós para melhor. Deve nos tornar mais determinados para cumprir a missão que as nações tinham quando fundaram a OMS em 1948: o mais alto padrão possível de saúde para todas as pessoas”, disse.
Durante seu discurso, o diretor-geral da OMS lembrou que a pandemia deixou claro que é preciso uma abordagem global e cooperativa para lidar com ameaças à saúde pública. Ele ressaltou que a falta de equidade e solidariedade entre os países impediu que ferramentas e tecnologias fossem usadas com eficácia para mitigar os efeitos da pandemia.
“A covid-19 foi uma das maiores tragédias, mas não precisava ter sido assim. Temos as ferramentas e as tecnologias para nos prepararmos melhor para as pandemias, para detectá-las mais cedo, para responder a elas de forma mais rápida e para mitigar seu impacto”, afirmou.
Para evitar que os investimentos, capacidades e lições aprendidas durante a pandemia sejam desperdiçados, Tedros conclamou a comunidade global a se comprometer a nunca mais cometer os mesmos erros. Ele enfatizou que a OMS está pronta para liderar essa resposta compartilhada e cumprir sua missão de garantir o mais alto padrão possível de saúde para todas as pessoas.
