O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia contra o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informa reportagem do UOL. A acusação é de obstrução de justiça em um caso ligado a execuções fiscais.
O que é apontado
Segundo a peça do MP-SP, o ex-assessor teria ajudado um juiz a suprimir provas relacionadas a um esquema de execuções fiscais na 2ª Vara Cível de Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. Em paralelo, um perito envolvido no processo teria orientado investigados a apagar registros de celulares para dificultar o acesso a conversas em eventuais apreensões — o que, na visão da acusação, prejudicou a coleta de provas.
Como isso chegou a esse ponto? A denúncia sustenta que a combinação dessas ações teria comprometido investigações em andamento sobre as execuções fiscais.
Quem é o ex-assessor
Nas peças citadas pela reportagem, o ex-assessor aparece identificado como Tagliaferro. Ele deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ser detido sob a acusação de violência doméstica. Atualmente, segundo apurações, reside na Itália e passou a ser alvo de um pedido de extradição formulado pelo próprio ministro Alexandre de Moraes.
Outros desdobramentos
Há mais capítulos vinculados ao caso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia oferecido denúncias contra o ex-assessor por um suposto vazamento de conversas entre o STF e o TSE — investigação que motivou o pedido de extradição. Na prática, hoje o processo envolve tanto a denúncia do MP-SP sobre obstrução quanto as ações e pedidos decorrentes das acusações da PGR.
O advogado chegou a dizer que se trata de “uma apropriação de oportunidade para perseguir quem já está sendo perseguido” e “uma tentativa de asfixiar quem tem muito a dizer e esclarecer”.
O caso segue em andamento e deve ter novos capítulos à medida que os pedidos de extradição e as investigações avançarem no país e no exterior.