A Caixa Econômica Federal iniciou em maio a operação da nova modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida voltada para a classe média, beneficiando famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. A chamada Faixa 4 do programa oferece condições diferenciadas de financiamento, com potencial para atender 120 mil novas famílias ainda em 2025.
A nova modalidade permite o financiamento de imóveis com valor de até R$ 500 mil, com taxa de juros nominal de 10% ao ano e prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos). Essas condições representam uma vantagem significativa em relação às taxas de mercado, que atualmente superam 11,5% ao ano.
Para imóveis novos, é possível financiar até 80% do valor em todo o território nacional. Já para imóveis usados, o percentual financiável é de 60% nas regiões Sul e Sudeste, mantendo-se em 80% para as demais localidades.
Reajuste nas faixas existentes
Além da criação da Faixa 4, o Conselho Curador do FGTS aprovou o reajuste nos limites de renda das demais categorias do programa. A Faixa 1 passou a atender famílias com renda de até R$ 2.850 mensais, a Faixa 2 abrange rendas de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, e a Faixa 3 contempla famílias com renda de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil.
Essas atualizações têm potencial para beneficiar mais 130 mil famílias adicionais, totalizando cerca de 250 mil famílias atingidas pelas novas medidas governamentais. O programa também prevê ajustes nos valores máximos de imóveis financiados em municípios de até 100 mil habitantes, com limites entre R$ 210 mil e R$ 230 mil.
Recursos e implementação
A nova modalidade utiliza recursos dos lucros e rendimentos do FGTS, além de dinheiro próprio dos bancos, como depósitos na caderneta de poupança e investimentos em Letras de Crédito Imobiliário. A regulamentação foi finalizada pelo Conselho Monetário Nacional em abril, permitindo que a Caixa iniciasse as operações no início de maio.
Segundo o Ministério das Cidades, a ampliação representa um movimento essencial para a inclusão social e o acesso dos brasileiros à casa própria, democratizando o crédito imobiliário para uma classe social em crescimento no país. A medida foi apresentada como um aceno do governo federal à classe média, em um contexto pré-eleitoral.
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