Uma nova pesquisa Datafolha divulgada recentemente indica que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresenta o melhor desempenho entre os familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que são cotados para uma eventual disputa presidencial contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dados mostram que Michelle se sai melhor que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em diferentes cenários testados.
Cenários Eleitorais Testados
No cenário em que Michelle Bolsonaro enfrenta o atual presidente, Lula alcança 39% das intenções de voto, enquanto a ex-primeira-dama atinge 24%. Essa vantagem do petista se mostra mais expressiva do que no levantamento anterior, realizado em junho, quando Lula registrava 37% e Michelle, 26%.
Em outro cenário avaliado, no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro seria o representante do bolsonarismo, Lula mantém 39% das intenções de voto. O parlamentar, por sua vez, registra 20%. Os números indicam uma oscilação de dois pontos percentuais para Lula em relação ao levantamento do mês anterior, com Eduardo mantendo a mesma pontuação.
Contexto Político e Metodologia
A pesquisa Datafolha também incluiu em seus cenários nomes de governadores de centro-direita vistos como pré-candidatos à presidência, excluindo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nomes como Ratinho Jr. (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo) apareceram em um grupo com intenções de voto variando entre 6% e 14%.
A inelegibilidade de Jair Bolsonaro, confirmada por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico, contextualiza a busca por um nome substituto dentro de seu círculo familiar. Michelle e Eduardo eram os mais considerados para a disputa, caso a inelegibilidade fosse mantida. Em março, Eduardo Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, declarando-se “exilado” e buscando que o governo Donald Trump aplicasse sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A pesquisa Datafolha foi conduzida nos dias 29 e 30 de julho. Foram ouvidos 2.004 eleitores com mais de 16 anos, distribuídos em 130 cidades. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um índice de confiança de 95%.