O ex-ministro da Secretaria‑Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), anunciou a saída do cargo na segunda‑feira (20). Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou que concentre esforços na construção de uma candidatura ao Congresso Nacional para 2026. No entanto, a trajetória não deve ser simples: há resistência dentro do PT em Sergipe.
Resistência e disputa regional
No estado, o PT é presidido pelo senador Rogério Carvalho, com quem Macêdo manteve uma relação política tensa. Fontes ouvidas pelo Metrópoles relatam que os dois disputavam influência dentro da sigla e divergiam sobre o comando regional — um jogo de forças que complica a formação de um consenso local.
Além disso, Carvalho já sinalizou intenção de disputar a reeleição ao Senado, o que pode tornar mais difícil a ambição de Macêdo por uma vaga na mesma chapa. Em resumo: a articulação interna em Sergipe apareceu como um obstáculo concreto à construção de uma candidatura única.
Como alternativa, aliados e dirigentes disseram que, caso não haja acordo no partido, Macêdo poderia transferir a disputa para uma vaga de deputado federal nas eleições de 2026. Quais são, então, os caminhos possíveis?
- Buscar um acordo interno e disputar uma vaga no Senado ou outra posição majoritária;
- Optar por concorrer a deputado federal, caso o consenso regional não se viabilize;
- Aguardar a definição do cenário enquanto as negociações avançam nos próximos meses.
Analistas e fontes interpretam esse movimento como parte da reorganização do PT no Nordeste — com desdobramentos também na Bahia — na preparação do calendário eleitoral. As informações sobre a orientação recebida por Macêdo e as tensões internas foram divulgadas pelo Metrópoles.
O desfecho das negociações em Sergipe deve ser acompanhado nas próximas semanas. Se houver acordos ou confirmações de lançamento de nomes, é provável que venham anúncios oficiais em breve.

