O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza uma visita de Estado à França, entre os dias 4 e 9 de junho. É a primeira vez que um chefe de governo brasileiro faz uma visita oficial desse porte em 13 anos, marcando um momento importante. A viagem busca reforçar os laços entre os países e deve resultar na assinatura de cerca de 20 acordos bilaterais. Um ponto central é uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas.
Cooperação Ampla
Os acordos abrangem diversas áreas cruciais para ambos os lados. Haverá parcerias em saúde, focadas em vacinas, e também em segurança pública. Educação, ciência e tecnologia são temas igualmente prioritários nas negociações. A pauta inclui ainda a previsão de um corredor marítimo descarbonizado e novos investimentos.
A força das relações econômicas é um destaque. A corrente comercial entre Brasil e França atingiu US$ 9,1 bilhões em 2024, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A França é o terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque significativo superior a US$ 66,3 bilhões. Essa parceria econômica sólida impulsiona a agenda bilateral.
Reconhecimentos e Agenda Cultural
Além dos aspectos políticos e econômicos, a visita reserva momentos de reconhecimento histórico e cultural. O presidente Lula será homenageado pela Academia Francesa, uma distinção rara que antes só Dom Pedro II havia recebido em 1872. Ele também ganhará o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Paris 8. A programação inclui uma visita à exposição do Ano do Brasil na França, no Grand Palais, comemorando a cultura brasileira.
Compromissos Adicionais
A agenda do presidente é variada e inclui eventos importantes fora dos encontros de Estado. Ele participará do Fórum Econômico Brasil-França, buscando aproximar o setor empresarial dos dois países. Há também uma cerimônia oficial no Hotel des Invalides. Outro ponto alto é a assinatura da certificação que declara o Brasil livre da febre aftosa sem vacinação, crucial para o comércio global de carnes.
Diálogo Estratégico em Defesa
A visita também abordará temas de defesa estratégica. Em Toulon, Lula e Macron devem retomar o diálogo sobre o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o ProSub. Essa iniciativa, que envolve cooperação militar, é um exemplo da parceria de longa data em defesa entre Brasil e França.