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Cenário Político

Lula promete diálogo para resolução pacífica de disputa territorial na Bahia após morte de indígena

Lula discute com ministra soluções para conflito de terras na Bahia após morte indígena.

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em recente declaração, enfatizou seu comprometimento em discutir soluções pacíficas para a disputa de terras na Bahia, que resultou na morte de uma indígena do povo Pataxó Hã Hã Hai. O caso, que também deixou outras pessoas feridas, incluindo o cacique Nailton Muniz Pataxó, ocorreu no sul do estado.

Durante uma entrevista à Rádio Metrópole, o presidente expressou seu plano de debater o assunto com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Lula reforçou a intenção de envolver o governo federal na busca por uma solução pacífica e justa.

A ministra Sonia Guajajara, já presente na Bahia desde segunda-feira, acompanha as investigações do ataque. Ela destacou a importância de uma ação coordenada entre os níveis municipal, estadual e federal para garantir a segurança e a tranquilidade das comunidades indígenas em seus territórios.

Este violento episódio, que ocorreu na terra indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, atraiu a atenção nacional devido à gravidade dos eventos, que incluíram a prisão em flagrante de fazendeiros suspeitos do ataque, além da detenção de um indígena armado com uma arma artesanal. Entre os feridos, está uma mulher com o braço quebrado e outras pessoas hospitalizadas, mas sem risco de vida.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) identificou o incidente como consequência da disputa de terras entre indígenas e fazendeiros. Informações indicam que cerca de 200 ruralistas organizaram uma ação, sem decisão judicial, para retomar a posse da Fazenda Inhuma, ocupada por indígenas.

A Polícia Militar relatou que, durante o conflito, um ruralista foi ferido por uma flechada, mas está em condição estável. Quatro armas de fogo foram apreendidas com os fazendeiros e encaminhadas para análise técnica.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Itapetinga e supervisionado pela Diretoria Regional de Polícia do Interior. Instituições como as defensorias públicas da Bahia e da União, além do Ministério Público Federal, solicitam medidas efetivas contra os ataques aos povos indígenas no estado.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) também se manifestou, defendendo a luta contra invasões de terra como uma forma de proteger o Estado de Direito.

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