O economista Joaquim Levy renunciou à presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste domingo (16). Neste sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro declarou que Levy estava “com a cabeça prêmio” havia algum tempo.
O estopim da nova crise do governo, segundo Bolsonaro, teria sido a indicação de Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do banco. Ele integrou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Levy solicitou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o desligamento do BNDES. “Minha expectativa é que ele aceite”, disse. O economista afirmou que agradece a lealdade, dedicação e determinação de sua diretoria. “Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas.”
A resistência de Bolsonaro a Levy vem desde o governo de transição. Presidente eleito, em novembro de 2018, Bolsonaro disse que, ao aceitar a indicação do ex-ministro de Dilma Rousseff, precisava “acreditar em Guedes”. O economista foi ministro da Fazenda no primeiro ano do segundo mandato da petista, mas saiu do governo ao enfrentar obstáculos para ajustar as contas públicas.
Levy chegou ao comando do banco a convite de Guedes. Ele trabalhou em dois governos petistas. Primeiro foi secretário do Tesouro Nacional de Lula.
Pivô da crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia (BNDES), Joaquim Levy, o advogado Marcos Barbosa Pinto apresentou neste sábado (15) uma carta de renúncia. Ele ocuparia, a convite de Levy, a Diretoria de Mercado de Capitais do banco de fomento. Mais cedo, Bolsonaro disse que demitiria Levy na segunda-feira (17) se a nomeação fosse mantida. Marcos Barbosa Pinto é um dos responsáveis pela elaboração Prouni.