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Cenário Político

Investigação revela plano do PCC para atentados contra Lira, Pacheco e Moro

Documentos apreendidos revelam que a facção alugou uma propriedade em Brasília para servir como base operacional

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

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Reprodução

Recentemente, um relatório alarmante emitido pelo Ministério Público de São Paulo e encaminhado à Polícia Federal (PF) revelou um intricado plano criminoso. Segundo o documento, datado de 23 de novembro de 2023, o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma notória facção criminosa, orquestrou um ataque contra figuras proeminentes da política brasileira: Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. As investigações também apontaram para um atentado a bomba visando o senador Sérgio Moro.

Operação e financiamento

A operação, liderada por Janerson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, mobilizou três integrantes da Sintonia Restrita do PCC, setor encarregado de operações de alto risco e ataques a autoridades. Os envolvidos, identificados como Sandro dos Santos Olimpio (Cisão), Felipe e Neymar, receberam apoio financeiro considerável para despesas como estadia e transporte, totalizando cerca de R$ 44 mil.

Preparação e estratégia

Documentos apreendidos revelam que a facção alugou uma propriedade em Brasília para servir como base operacional. O levantamento de informações detalhadas sobre as residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado e a pesquisa de imóveis na região nobre de Brasília indicam a seriedade e a precisão do plano.

Interceptação e consequências

A Polícia Federal, ao investigar a trama contra Moro, descobriu o esquema mais amplo. Em julho, numa residência em Curitiba, foram encontrados explosivos e dispositivos de detonação remota, evidenciando a iminência de um atentado. A prisão de Nefo e Cisão desarticulou parcialmente o plano, mas a ameaça persiste com alguns membros ainda foragidos.

Contexto maior e motivações

A motivação por trás desses planos violentos parece estar ligada à restrição imposta em 2017 às visitas íntimas nos presídios federais, além do endurecimento do regime carcerário pela Lei 13.964 de 2019. A frustração das lideranças do PCC com essas medidas gerou uma escalada para ações mais agressivas e desesperadas.

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