O governo federal anunciou que financiará a entrada de imóveis na faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para moradores do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes de maio. O financiamento cobrirá até R$ 40 mil do valor de entrada, com o objetivo de acelerar o atendimento às famílias desalojadas.
O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, em uma reunião com prefeitos em Porto Alegre. Pimenta ressaltou que as prefeituras e o governo estadual também poderão contribuir para aumentar o valor subsidiado.
No âmbito do MCMV, as famílias enquadradas na faixa 3 devem ter renda mensal bruta entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil em áreas urbanas. Nas áreas rurais, a renda familiar anual deve ser entre R$ 52.800,01 e R$ 96 mil. Uma portaria do Ministério das Cidades com mais detalhes será publicada em breve.
A medida complementa outras ações do governo federal, que já está comprando imóveis prontos, novos e usados, para famílias das faixas 1 e 2 do MCMV, com renda mensal de até R$ 4.400. Essas moradias, que têm limite de valor de compra e venda de até R$ 200 mil, serão custeadas integralmente pelo governo federal.
O ministro Pimenta afirmou que as primeiras entregas devem ocorrer ainda neste mês, com uma estimativa inicial de 2 mil casas. Até agora, cerca de 4,7 mil unidades habitacionais foram oferecidas ao banco público responsável pela iniciativa. A Caixa Econômica Federal realizará vistorias nos imóveis e, uma vez aprovados, destinará as moradias às famílias desalojadas.
Além disso, o governo está planejando a construção de 2 mil unidades habitacionais em áreas rurais afetadas pelos desastres naturais. O custo de construção de cada moradia rural será de até R$ 86 mil, destinado exclusivamente às famílias cujas moradias foram destruídas ou interditadas definitivamente.
