O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) realizou na terça-feira (1º) um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, para marcar o fim de sua extensa agenda de viagens por 26 estados e o Distrito Federal. A iniciativa, que o parlamentar classifica como uma “peregrinação”, teve como objetivo denunciar o que ele considera uma tentativa de cassação de seu mandato com motivação política.
Foco na mobilização
Em seu discurso, Braga destacou ter percorrido 28 cidades em “um mês e 18 dias”, saindo do Rio de Janeiro e chegando à capital federal. Durante esse período, o deputado afirmou ter dialogado com diversas lideranças locais e com a população, reforçando sua posição contra o processo que pode levar à perda de seu mandato.
“Foram 26 estados e o Distrito Federal. Em um mês e 18 dias, essa caravana saiu do Rio de Janeiro em uma quinta-feira e chegou hoje a Brasília, depois de passar por 28 cidades, conversando com as pessoas, caminhando, denunciando essa perseguição. Não adianta Arthur Lira tentar me calar”, declarou o parlamentar.
O deputado do PSOL-RJ reiterou que sua luta não se limita à defesa de seu mandato. Ele afirmou que manterá a postura crítica ao orçamento secreto e às ações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Desdobramentos da cassação
Apesar do fim do prazo de 60 dias que antecede a votação de sua cassação em plenário, Glauber Braga enfatizou que não desistirá. Ele se disse convicto da vitória, impulsionado pela solidariedade recebida em todo o Brasil.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado informou que a pauta de sua cassação não deve ocorrer nesta semana na Câmara, em virtude da ausência do presidente em exercício, Hugo Motta (Republicanos-PB). No entanto, Braga acredita que o tema será abordado na próxima semana ou antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 18 de julho.
“Eu me nego [a desistir]. Estou convicto de que vamos vencer essa batalha. A solidariedade que recebi de todo o Brasil me deixa emocionado e determinado. Quem achou que a gente ia se render, não nos conhecia”, afirmou Braga, complementando: “Arthur Lira, não mexa com quem não está quieto. Um abraço grande.”