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Cenário Político

Gilmar Mendes critica tratamento midiático a Sérgio Moro como ‘Deus’

Ministro do STF, Gilmar Mendes, aponta exagero da mídia na construção da imagem de Sérgio Moro e discute desafios políticos enfrentados pelo ex-juiz.

Avatar De Redação Portal Chicosabetudo

Publicado

em

Reprodução/ Redes sociais

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a abordagem de certos setores da mídia em relação ao ex-juiz federal e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) em uma entrevista ao portal Uol. Mendes argumentou que a mídia exaltou excessivamente Moro, elevando-o a uma posição quase divina, e que o próprio Moro acabou por acreditar nessa narrativa.

Durante a entrevista, Mendes comentou: “Tenho a impressão de que talvez Sergio Moro conhecesse pouco Brasília e talvez estivesse muito inflado – graças, inclusive, a vocês. Uma parte da mídia o fez ‘Deus’, o sujeito que veio para salvar.” Ele relembrou uma citação do general Eduardo Villas Bôas, que expressou uma grande dívida de gratidão a Moro, destacando como essa visão foi compartilhada por setores influentes.

Além disso, o ministro do STF observou que Moro enfrentou desafios significativos ao adaptar-se à realidade política de Brasília, encontrando-se isolado dentro do próprio Congresso Nacional e vendo seu mandato sob ameaça. “Certamente ele achou que era bom ter interlocução até com pessoas que, no passado, tipificava como inimigo ou adversário”, acrescentou Mendes.

Gilmar Mendes também revelou detalhes de uma conversa pessoal com Moro, na qual ele enfatizou as oportunidades oferecidas pelo Senado para o desenvolvimento pessoal, especialmente através da famosa biblioteca da instituição. “Na conversa com Moro, eu disse: ‘Poxa, Moro, eu tenho uma inveja de quem está no Senado’. Se eu desejasse um cargo que não fosse ministro do Supremo, talvez eu pensasse em ser senador”, brincou Mendes. Ele aconselhou Moro a aproveitar os recursos disponíveis para superar suas “lacunas de formação”, sugerindo que ele se dedicasse ao estudo na biblioteca do Senado para preencher esses déficits.

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