Em visita oficial a Portugal, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, deparou-se com protestos de parlamentares da extrema-direita durante seu discurso na sessão solene do Parlamento português, na terça-feira, 25 de abril. A oposição foi liderada pelo partido Chega, atualmente a terceira força política em Portugal, comandado por André Ventura.
No discurso, o mandatário ressaltou a relação histórica entre Brasil e Portugal, elogiando as conquistas democráticas de ambos os países e criticando o governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro. “As forças democráticas do Brasil mostraram firmeza e capacidade de superação”, salientou o presidente, reforçando que “o Brasil retomou seu papel no cenário internacional”.
Lula discutiu ainda assuntos que permearam sua visita ao país europeu, como a condenação da agressão à soberania da Ucrânia e a necessidade de promover a paz. O presidente manifestou interesse em avançar nas negociações entre Mercosul e União Europeia, enfatizando a postura pró-ativa do Brasil na proteção ambiental.
“O Brasil compreende a relevância da preservação do meio ambiente e está pronto para colaborar com a transformação energética mundial”, afirmou.
Questões sociais, diversidade de gênero e étnico-raciais também foram abordadas por Lula durante sua fala no Parlamento português. A viagem do presidente ao país ibérico buscou intensificar as relações políticas e comerciais entre Brasil e Portugal e teve seu encerramento na sessão solene.
Embora tenha enfrentado protestos, a cerimônia evidenciou o reconhecimento de Lula no cenário político nacional e global. O líder do Partido Socialista de Portugal, que possui a maioria absoluta com 120 deputados, ressaltou a importância do diálogo e da colaboração entre as duas nações.
