O Governo do Estado da Bahia anunciou a exoneração de seis gestores da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado (26). As alterações na cúpula da pasta vêm após a ocorrência de três fugas em unidades prisionais baianas nos últimos sete meses, somadas à revelação de possível envolvimento de uma ex-diretora de presídio com uma facção criminosa.
Reestruturações e Novas Nomeações
As evasões de detentos foram registradas em presídios localizados nas cidades de Eunápolis, em dezembro do ano anterior, Feira de Santana, no mês de junho, e Teixeira de Freitas, em julho.
Entre os nomes desligados, destaca-se o de Luciano Teixeira Viana, que ocupava a Superintendência de Gestão Prisional. Para substituí-lo, foi designado Luiz Cláudio Santos da Silva, que anteriormente chefiava a Cadeia Pública de Salvador.
Outra mudança relevante se deu na Diretoria de Superintendência, com a saída de Alan Vitor da Silva Santos. O posto será agora preenchido por Archimedes Benício Leite Neto, que vinha da direção do Conjunto Penal de Juazeiro.
Cargos Técnicos e Contexto
As demais alterações abrangem cargos de caráter técnico e de coordenação, visando uma reestruturação da secretaria. Foram exonerados:
- Diego de Oliveira Pinto, do cargo de Coordenador Técnico do Núcleo de Apoio;
- Alexandra Souza Silva, da função de Coordenadora Técnica do Núcleo de Apoio;
- Max Venicio da Silva Santos, do cargo de Coordenador Técnico da Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas da Bahia;
- Ruan Victor Freire Rodrigues, da posição de Assessor Técnico da mesma Central.
A situação no sistema prisional da Bahia foi agravada pela descoberta de um suposto elo criminoso envolvendo Joneuma Silva Neres, ex-diretora da unidade prisional de Eunápolis. Ela teria ligação com um líder de facção que estava sob custódia na carceragem. Esta revelação intensificou o cenário de críticas à segurança e à administração do sistema penitenciário estadual.
As medidas fazem parte de um esforço do governo para revisar a gestão interna da secretaria, respondendo aos desafios e falhas apontadas na segurança das unidades prisionais do estado, conforme informações divulgadas oficialmente.