Durante uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Kingstown, São Vicente e Granadinas, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou uma proposta visando a intervenção global para cessar os conflitos em Gaza. No encontro, que também contou com a presença de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Lula expressou sua preocupação com a situação humanitária na Faixa de Gaza, descrevendo-a como uma “trágica carnificina” e instando a uma ação coletiva para pôr fim ao que ele chamou de “genocídio”.
O presidente brasileiro fez um apelo direto aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – que detêm poder de veto, para superarem divergências e colaborarem para encerrar os confrontos. Ele enfatizou a importância da unidade internacional para resolver a crise, invocando o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que permite ao secretário-geral alertar o Conselho de Segurança sobre ameaças à paz e segurança globais.
Além disso, Lula direcionou um pedido ao Japão, que assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, para que priorize o conflito em Gaza na agenda do conselho, ressaltando a urgência de se abordar a situação que já resultou em mais de 30 mil mortes. O líder brasileiro destacou o alto custo humano do conflito, mencionando especificamente o impacto sobre mulheres e crianças, além de expressar preocupação com o bem-estar dos reféns mantidos pelo Hamas.
