A ex-presidente Dilma Rousseff agora tem o reconhecimento oficial de anistiada política. Quem deu o sinal verde foi a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos. Essa decisão muda o jogo em relação ao parecer de 2022, que tinha negado o pedido durante o governo anterior.
O novo parecer considerou a solicitação procedente. Sabe por quê? Tudo se baseia nos abusos que ela sofreu durante o período da ditadura militar. Dilma foi presa em 1970, quando tinha 22 anos. Naquela época, ela atuava em uma organização de resistência ao regime.
Os abusos sofridos
Enquanto esteve detida, ela passou por tortura física e psicológica. Documentos e depoimentos apresentados à comissão confirmam essa dura realidade. Além disso, a defesa dela falou que Dilma foi impedida de voltar a estudar na Universidade Federal de Minas Gerais. E não para por aí: ela também foi pressionada a largar um cargo público no Rio Grande do Sul, uma ordem que veio do antigo Serviço Nacional de Informações, o SNI.
Como uma forma de reparação por tudo isso, Dilma Rousseff receberá uma indenização. O valor definido é de R$ 100 mil. Essa quantia segue os critérios da Comissão de Anistia para casos de violação de direitos humanos cometidos pelo próprio Estado brasileiro durante o regime militar, que durou de 1964 a 1985.